Alma: um importante ‘balizador’ para as decisões na vida

Antes de tudo, devo dizer que não tenho nenhuma pretensão de trazer uma nova definição para o que venha ser “alma”, tendo em vista que existem ‘inúmeras’, e por isto, para o assunto que será abordado de maneira breve, a tentativa de expor qualquer pensamento filosófico à cerca da questão, se faz desnecessário. Pois acredito que seja possível perceber que há uma certa unanimidade sobre a alma compor as partes mais íntimas de um indivíduo. A ela se atribui questões importantes como as sensações e as emoções. Questões estas que se observadas com atenção, é possível concluir que são partes elementares para um entendimento sobre a composição humana que se estende para além da matéria, e influenciam de maneira direta as ações e as reações ‘externas’, vistas na matéria, no comportamento humano.

Embora existam elementos matérias que simbolizam desejos e/ou decisões humanas, em uma breve reflexão, é possível lembrar que nem sempre os símbolos materiais traduzem a verdade de uma alma. Exemplos disso são os diplomas de graduados que não exercem a profissão por algum motivo, como o arrependimento etc., embora tenham este símbolo de ‘sucesso e conquista na vida profissional’ geralmente exibido em algum lugar de destaque na casa ou no escritório; e as alianças de casamento que simbolizam ‘relação de proximidade e união’, que estão em dedos anelares da mão esquerda de casais que vivem distantes um do outro.

Este fato empírico chama atenção para a importância do observar a alma como um importante ‘balizador’ para as decisões. Isto quer dizer que, principalmente diante da necessidade de tomada de decisão sobre o que tem relação direta com a sua vida pessoal, é preciso construir um pensamento alinhado com a sua alma, ou seja, é preciso questionar qual efeito àquela decisão irá surtir em suas emoções, a curto, médio e longo prazo; caso contrário, as possibilidades de frustrações em sua vida continuarão em alta.

Dito isto, podemos pensar brevemente em pelo menos duas possibilidades na vida: 1) A tomada de decisão. 2) O que fazer com uma decisão já tomada.

1) Tomada de decisão

É preciso ter consciência de que a decisão que será tomada, de fato tenha relação com quem você realmente é (interiormente), e quer para a sua vida.

2) O que fazer com uma decisão já tomada.

É preciso analisar se a decisão tomada pode ser revertida; caso contrário será necessária a correção, adaptação ou ‘fundição’. Tomando como base os dois exemplos citados mais acima, no caso de quem concluiu uma graduação, mas gostaria de seguir carreira em uma outra área, é possível fazer pós-graduação na área afim, ou uma segunda graduação, tendo sempre em mente a ideia de ‘se possível fazer do hobby a profissão’ para ajudar na decisão que melhor esteja alinhada com a sua alma, seu bem-estar, com quem de fato você é, ou o mais próximo disso.
Quanto aos casais que mantém o símbolo mas não vivem o significado, em Gênesis 2:24 diz: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.”, é preciso manter esta ‘fundição’, entretanto, é preciso entender que o texto não está fechando a relação entre o homem e a mulher apenas a uma ‘fundição’ ‘carnal’ (o livro de Cantares de Salomão, vai deixar isto muito mais claro, quando expõe a relação de Salomão com a Sulamita estando eles próximos ou distantes). A relação humana é muito mais rica e abrangente. A que se refere ao casal, o ápice da relação é o mais holístico possível, é onde existe não apenas a fundição dos corpos mas também a fundição da alma. Quando isso de fato acontece os dois são ‘um’ independente de espaço geográfico, mesmo distantes há uma ligação, um pensamento, um alinhamento que se expressa na matéria quando se encontram e se tornam uma só carne. Arrisco afirmar que se um casal não vive fundido de corpo (sempre que possível) e de alma (constantemente), ele está fadado ao fracasso.

Observar a alma como um importante ‘balizador’ para as decisões na vida, ao meu ver, é um princípio para se viver melhor. Entretanto, embora acredite que o exposto até aqui esteja claro e de fácil compreensão, penso ser importante deixar um reforço sobre o que não foi dito: Nesta exposição, eu não me referi a questão “razão vs emoção”, muito menos a uma forma antropocêntrica de se viver. Não estou colocando a alma como fonte de conhecimento autossuficiente ou qualquer coisa que venha parecer com isso.

Isto posto, expresso o desejo de que Deus, em Sua Palavra, a Bíblia Sagrada, te ilumine hoje e sempre. Amém.

Por Erick Lopes da Silva
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