É perceptível a necessidade que o ser humano tem de relacionar-se um com os outros. Embora possam existir estudos científicos que venham comprovar esta necessidade, podemos falar também sob o ponto de vista empírico (pois todo bom observador da vida tem suas próprias experiências a respeito disso). Existem diversos exemplos na literatura televisiva que ilustra o comportamento de uma pessoa quando ela vive só. Filmes como “O Naufrago”; “Eu sou a lenda” e outros, nos mostram que quando uma pessoa está só, ela tende a emprestar sentido humano a objetos ou a seres inanimados, com a tentativa de sublimar a solidão, fazendo existir na prática figuras de linguagem encontradas apenas em textos literários (como a prosopopeia).
Apesar de existir fortes indicativos de ser algo intrínseco no ser humano (a necessidade de relacionamento), na prática, o que vemos, são muitas incongruências, fruto da dificuldade que temos de conviver. Como antes já havia dito Mario Quintana: “A arte de viver é simplesmente a arte de conviver… simplesmente, disse eu? Mas como é difícil! ”, de fato, conviver é uma arte, e é uma das mais difíceis que existe. É necessário o exercício de muita inteligibilidade e sabedoria para saber conviver com as diversas subjetividades que possuímos como seres inteligentes, dotados de opiniões e vontades próprias; temperamentos e carácteres diferenciados, resultado do processo de formação da existência (temperamento, caráter e personalidade) de cada indivíduo…
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Por Erick Lopes da Silva
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Muito bom o texto, pastor Erick! Que a graça de Deus continue sendo derramada sobre tua casa e dos demais internautas que passam por aqui. Amém!
Lhe dar com o ego é complexo. Quando aceitamos a Jesus como o Senhor da nossa vida algumas mazelas são curadas de imediato; outras aos poucos. Como bem pontuado pelo senhor “É como subir uma escada, onde cada degrau é um novo conhecimento à cerca das verdades divinas”. E a cada degrau vamos nos aperfeiçoando. Penso eu que num determinado ponto todos os degraus acabam e assim tudo que tínhamos de ruim se transforma em muito bom, permanecendo apenas, e tão somente, os degraus do ego. Estes são os mais complexos porque a cada avanço é uma morte da carne e matá-la dói muito. Não é a toa que Jesus disse “poucos serão os escolhidos”.
O filme “Advogado do diabo” retrata muito bem isto. Uma análise mundana do filme é de que o diabo vence de uma forma ou de outra, mas uma análise minuciosa, aplicando-se os princípios de Deus, pode-se concluir que não é o diabo que vence. Ele apenas instiga o nosso ego. Por isso, ledo engano o “cristão” que faz o que quer por se intitular como “filho protegido de Deus”.Isto se chama EGO.
Recentemente li um livro de Augusto Cury (O homem mais inteligente da história) que numa análise cristã retrata de forma gigantesca em como matar a carne, ter o domínio total sobre ela para que o Espírito de Deus viva em nós. E neste exato momento o Espírito de Deus me traz a memória o comando que está no primeiro livro do manual da vida, em Gênesis 1.26, que é ter o domínio sobre todas as coisas, inclusive a terra. E neste caso, peço licença para aplicar de forma ousada a seguinte exegese:
– Nossa carne foi formada do pó e ao pó retornará (Gênesis 3.19) – o nascer de novo é matar o que é terreno (carne/ego) para viver em espírito. Logo quem vive na carne pertence ao mundo que jaz o maligno. E o mundo (diabo) quer alimentar o nosso ego para que saiamos da condição de humanos para sermos deuses. Portanto, ter o domínio sobre a terra significa em primeiro lugar domínio de si próprio.
Quero finalizar com a transcrição da fala de um dos ateus cientistas que está na página 171 do livro que mencionei que retrata muito bem a questão abordada: “Muitos empregados querem ser empresários, muitos empresários querem ser políticos, muitos políticos querem ser reis, muitos reis querem ser deuses, mas, para espanto das ciências humanas, o único homem que foi chamado filho de Deus queria ser humano”.
Que Deus nos abençoe sempre e nos dê um coração quebrantado para não alimentarmos o ego. amém.
Abraços,
Rabib Nassif.
Meu querido irmão Rabib, graça e paz.
Peço desculpas por demorar na interação. Infelizmente essa vida de “fazedor de tendas” tem tomado muito meu tempo. Peço que os irmãos me ajudem em oração pedindo a Deus que Ele me proporcione meios de poder me dedicar mais tempo ao seu Reino.
Sou muito grato ao irmão por contribuir com seu rico comentário. Porém, é preciso compreender uma questão a respeito do ego: O ego não é bem o vilão da história, ele é apenas “a parte executiva do ser” humano, é “você” aqui e agora. Ele representa as suas decisões diante do fazer ou não fazer; do aceitar ou rejeitar determinada coisa etc. É a sua consciência. Portanto, não devemos matá-lo (se assim for, o indivíduo “morre” também (seria como uma demência)).
O problema que se evidencia no ego, é fruto do conflito entre o id e o superego. Diante destas três instancias, confesso que sou tentado a apontar o “id” como o vilão, porém, a verdade é que não existe vilão, ninguém nasce projetando ser como se tornou. Talvez por isto Jesus foi e é compassivo com todos nós. Ele não nos vê como vemos uns aos outros, Ele conhece a história de cada um de nós, e isso o compadece. Costumo dizer que todo “pecado” é “explicável” (talvez até justificável) até que se saiba “os porquês”, o que levou tal pessoa a cometer tal ato. Sei que esta afirmação é bastante polemica, porém, minha intenção não é polemizar, mas ser o mais justo possível. Se investigarmos a origem do comportamento de determinada pessoa, vamos compreender os porquês de suas ações. Identificando, esta pessoa deve mudar (metanoia). Percebo que o maior erro de uma pessoa não está no erro em si, mas na permanência em tal erro, na ausência do querer mudar (arrependimento – metanoia). Embora a ética cristã seja normativa à toda humanidade, nem todos compreendem a sua necessidade, sobretudo, no tempo que vivemos hoje: Os ensinamentos errôneos de muitos líderes que são denominados cristãos tem confundido a mente de muitas pessoas que, ao descobrirem os erros, transferem suas insatisfações a todo o contexto eclesiástico, e se desviam do caminho da cruz, dificultando assim, o seu processo de mudança. Quando ignoram a norma cristã, o processo de investigação e diálogo (maiêutica) com quem tem o ego fraco, se prolonga, até se achar novamente a possibilidade de quebrantamento e arrependimento.
Os conflitos surgem se este ego (individuo) toma as suas decisões baseadas na necessidade de aceitação (o que é o caso de um ego fraco). Podemos apontar como um dos fatores que resultaram num ego fraco (no caso do egocêntrico – àquele que age como se fosse o centro de tudo e de todos), um indivíduo que, no seu processo de existência (seus primeiros contatos com o mundo que lhe foi apresentado (geralmente por genitores)), teve sempre a preferência em relação aos seus irmãos; teve a grande maioria de tudo que quis, sem “sofrer” privações (mesmo que didáticas); foi sempre superestimado ou incentivado à viver em disputas (ser o melhor) etc.. Ou seja, não foi ensinado a lidar com as diversas demandas da vida. Mas aprendeu (indiretamente) que tudo gira em torno de si.
Um conflitante que percebe a necessidade de mudança, tem pelo menos duas opções: mudar tendo sua própria vontade como parâmetro para tal mudança, ou a vontade de Deus. O ego (você aqui e agora), é quem gerencia esta decisão. Quem alimenta o seu ego com a vontade de Deus, faz como fez o Ap. Paulo, que afirmou “vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”, pois suas decisões passam a ser naturalmente tomadas sob o ponto de vista da vontade Deus, e não da vontade pessoal.
Caso algo não esteja claro, não hesite em questionar-me.
Um grande abraço. Shalom.
Gostei,otimo ponto de vista .Que Deus te abençoe,foi bom ler com você .
Amém. Obrigado. Deus te abençoe também.
Amei excelente trabalho parabéns ,isso e o que acontece realmente com o ser humano .
Obrigado.