Amados,
não condene as pessoas, a menos que você seja um Juiz.
Se você tem Jesus como seu Mestre, lembre-se sempre do seu exemplo de compaixão.
A palavra compaixão representa a “capacidade de sentir o que outro sente”. Jesus tem esta capacidade e a exerceu também enquanto homem aqui na terra. Ele sofreu os nossos sofrimentos e por nós entregou a sua vida, e nos prometeu uma vida inimaginavelmente melhor.
Apesar de termos o exemplo de Jesus, e afirmarmos tê-lo como Senhor e modelo, quantas vezes criticamos as pessoas por seus erros, as abandonamos, mesmo quando elas demonstram aflição e arrependimento…
Não as abandone! Seja o socorro; o alento; o conforto para os aflitos.
“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. ” (JESUS CRISTO – João 13:34)
Que Deus tenha misericórdia de nós.
Com amor,
Erick Lopes da Silva
4 comentários. Deixe novo
Muito bom texto Pr. e se encaixa na “minha” realidade.
Você nunca estará só. O corpo de Cristo está espalhado pelo mundo. Estamos conectados. Permaneça nele, sempre. “O Senhor é o meu(teu) pastor e nada me(te) faltará.” (Sl 23:1).
Graça e paz, Pr. Erick e demais internautas!
Aceitar a Cristo é uma decisão muito simples. Seguir suas pisaduras é bem diferente. Seu texto me lembra o que está escrito em Romanos 7.18-25, vejamos:
18 Porque sei que na minha pessoa, isto é, na minha carne, não reside bem algum; porquanto, o desejar o bem está presente em meu coração, contudo, não consigo realizá-lo.
19 Pois o que pratico não é o bem que almejo, mas o mal que não quero realizar, esse eu sigo praticando.
20 Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o realiza, mas o pecado que reside em mim.
21 Assim, descubro essa Lei em minha própria carne: quando quero fazer o bem, o mal está presente em mim.
22 Pois no íntimo da minha alma tenho prazer na Lei de Deus;
23 contudo, vejo uma outra lei agindo nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha razão, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em todos os meus membros.
24 Miserável ser humano que sou! Quem me libertará deste corpo de morte?
25 Graças a Deus, por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, eu mesmo com a razão sirvo à Lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.
Acho interessante que quem escreveu esse texto foi Paulo, considerado um dos grandes pregadores da Palavra. Vejo que ele tenta nos ensinar que por mais santo que nos tornemos devemos ter cautela para não cairmos em armadilhas. Talvez por esta razão um outro texto diz que um espinho foi colocado na carne dele (2 Coríntios 12.7), provavelmente para não se esquecer (nós também) de que não somos nada, absolutamente nada, sem Cristo.
Peço a Deus que a graça e misericórdia Dele recaia sobre mim e em toda a igreja para que possamos dar um bom testemunho, prestando o devido socorro, alento e conforto aos necessitados, fazendo valer a máxima do texto: “amai-vos uns aos outros assim que eu vos amei”.
Que o Espírito Santo repouse sobre nós. Amém!
Rabib Nassif.
Meu querido irmão, antes quero agradecer pela sua interação. Acredito que seus comentários têm contribuído com o crescimento espiritual de todos que os leem.
Sobre o texto: sabemos que existe o real e o ideal. Neste caso, o ideal é Jesus Cristo, seus exemplos e ensinamentos (segundo as escrituras). O real é quem de fato somos, se o seguimos ou não; se realmente focamos o ideal como parâmetro de vida, ou não. Na carta de Paulo aos Romanos, ele expõe esta dualidade constantemente, quero dizer: o eu santo, e o pecado que há em mim (em minha carne (Rm 7:25)).
No ápice de sua exposição, o Ap. Paulo se depara consigo mesmo, com a realidade de quem ele era e de quem ele queria ser: o ideal de Paulo era viver a lei de Deus, o que fazia conscientemente por compreensão/entendimento/vontade (Rm 7:25), porém, o real era vivido como um acidente (que acontece sem projetarmos), a consciência do pecado que abitava nele o fez exclamar “Miserável homem que sou!” (Rm 7:24).
Lendo a carta, é possível perceber que, o que faz a diferença nesta condição humana é algo que só pode ser medido por Deus (por ser onisciente). E é o que de fato importa nesta relação. O ato de observar as leis só é feito por quem se importa com a vontade de Deus. Quem de fato somos, o que há em nossa alma/consciência, qual é o nosso querer, se a santidade ou o pecado, é o que faz a diferença. “Eu” posso exercer hipocrisia, me mostrar santo às pessoas, porém, o meu interior, o meu querer (a minha consciência) é o pecado; Ou, eu posso ser verdadeiramente santo, querer (conscientemente) viver a lei de Deus, e não me entregar ao pecado, embora possa até cometê-lo (pelo motivo explicado por Paulo). A verdade de nossas almas só é sabida de fato por Deus, o Criador, e talvez, também por cada um de nós mesmos. Quem entende isso, não perde tempo com hipocrisias ou meias palavras, vive naturalmente (sem esforços) o que está escrito em Ap. 22:11 que diz: “Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se.”. Pois, se o injusto atua como justo diante da sociedade; o imundo como puro; ele não passa de um tolo diante de Deus, pois, Deus o onisciente vê o seu íntimo e sabe quem de fato ele é. Sabe quem de fato vive lutando contra o pecado ou quem se entregou definitivamente a ele. Estes, os que se entregaram ao pecado e ignoram a Deus, poderão até receber boas recompensas aqui, poderão ser prestigiados diante da sociedade, mas, após a morte, segundo Jesus Cristo, viverá eternamente no lugar preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25:41).
Quanto à compaixão, de fato é algo que deve ser vivido por todo cristão, é um mandamento do nosso Mestre. Embora seja um imperativo (o que pode soar ruim nos ouvidos de muitos nesta sociedade neoliberal), como todos os outros da parte de Deus, não resulta em nada além do bem ao indivíduo e há humanidade. Penso que, o maior empecilho para que este ideal se torne real na vida de uma pessoa, é o seu próprio ego. O egocentrismo tem sido real na vida de boa parte da sociedade. O Ap. Paulo em sua carta aos Gálatas, em determinado versículo ele fala sobre o seu próprio ego (em outras palavras), expondo uma excelente possibilidade para todos nós, ele diz: “e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; ” (Gl 2:20). Se observarmos o contexto em que ele expõe esta verdade em sua vida, vamos perceber que tem referência ao seu próprio ego. Sabemos que o ego é o gestor das nossas decisões [estarei abordando mais sobre isto em outro post]. Enquanto que um egocêntrico tem o seu ser no centro de suas decisões, Paulo mostra que o centro de suas decisões está em Cristo. Ou seja, é possível termos o ego/vontade de Cristo como parâmetro para as nossas decisões. Isto foi tão real na vida do apostolo que ele expõe “e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim;”, ou seja, a minha vontade, é fruto da vontade de Cristo; as minhas decisões são tomadas por Cristo.
Se nosso ego tem a vontade de Deus como parâmetro para as nossas decisões, a compaixão, o amor ao próximo será naturalmente real nas nossas vidas. Que assim seja.
Um forte abraço.